4 de fevereiro de 2012

Terapia da Escrita.

Terapia da escrita


Embora seja desconhecido por muitas pessoas, o tratamento através da escrita já se tornou um método utilizado por muitos médicos. Ao invés de o paciente falar sobre a sua doença, através da narrativa escrita, descrevem sobre o que estão sentindo.

“Quando a pessoa é muito inibida e tem dificuldade para conversar com o médico, utiliza-se essa técnica para tornar a comunicação mais fácil entre ambos”, afirma a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da seção brasileira da International Stress Management Association, organização internacional para o controle do estresse.

Essa técnica surgiu no início da década de 90, através de estudos do diretor do Departamento de Psicologia da Universidade do Texas em Austin, James Pennebaker e foi testada em um grupo de seus alunos que se tornaram voluntários para a pesquisa. Depois de algum tempo escrevendo duas vezes ao dia por quinze minutos sobre suas emoções, os alunos de Pennebaker demonstraram melhoras no humor, rendimento escolar e reduziram idas ao médico.

Anos após os estudos de Pennebaker, o professor de psicologia Joshua Smyth, da Universidade do Estado de Dakota do Norte, fez o teste com cerca de 70 pessoas que sofriam de asma ou artrite reumática. Nas sessões com durabilidade de 20 minutos, essas pessoas escreviam sobre situações estressantes e traumáticas. Passados quatro meses, esses pacientes apresentaram melhoras nos sintomas das doenças.

Outro exemplo de como a escrita pode aliviar a tensão pode ser encontrado do filme “Paranoid Park”. Conta a história de um garoto que andava de skate de madrugada e resolveu pegar carona num trem que passava. Ao ser abordado por um guarda, ele tenta se desvencilhar do homem e o empurra com o skate. O guarda cai na linha de trem contrária, bem na hora em que está passando um trem.

Chocado com a cena trágica, o garoto passa a ter insônia, não consegue estudar e nem falar sobre o assunto com ninguém. Para ajudá-lo, uma amiga sugere que ele escreva o que está sentindo e depois queime o papel. Após seguir as instruções, o garoto consegue retomar à vida normal.

Quando o paciente escreve sobre si, tem um relatório focado e pode escrever em ordem cronológica os fatos que lhe prejudicam ou que já prejudicaram, diferente de quando falam que nem sempre conseguem expressar totalmente todos os fatos e a situação que passaram.

Apesar de não substituir a comunicação verbal, a técnica já demonstrou resultados muito positivos na recuperação de doenças físicas e psíquicas. ”Quando a pessoa usa a escrita para relatar experiências negativas e desagradáveis, alivia a dor do sofrimento causado por uma determinada situação. Para as pessoas que são muito impulsivas e nervosas, escrever se torna uma espécie de biografia de sua vida e lendo o que escreveram, refletem sobre seus atos”, explica Ana Maria Rossi.

fonte: bolsademulher.com.br

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